Apesar de atender as specificações da ANP, e comprovadamente inferior em rendimento e também na qualidade, gerando assim uma série de problemas antecipados, a Gasolina formulada está preocupando consumidores. O que ela é refinada ou “de laboratório”? Estimamos que cerca de 40% de toda a gasolina vendida na região sejam “formulada”. Na realidade é um desrespeito com o consumidor que deveria ser devidamente informado sobre o produto que está colocando em seu veículo, a gasolina “formulada” tem um preço cerca de R$ 0,20 a R$ 0,25 inferior do que a Gasolina Comum. Postos que vendem a gasolina ao preço de R$ 2,45 a R$ 2,50 certamente vende esse produto. Vale lembrar mais uma vez que é um produto que atende às especificações da ANP (Agência Nacional do Petróleo) e pode ser vendida normalmente. O que não é justo é a forma como ela é vendida, sem nenhuma orientação ao consumidor, devendo no caso ser informada na bomba sobre o produto. Para saber se está colocando a gasolina formulada em seu veículo, o consumidor deve perguntar para o gerente do posto que abastece, coisa que muitos podem até negar essa possibilidade. Se ele for honesto, com certeza dirá que vende gasolina “formulada” sim, afinal não vende nada ilegal. (Mas cuidado onde você abastece, pois além de venderem Gasolina formulada, ainda também há a possibilidade de adulterarem o produto). O cheiro da “formulada” tem cheiro característico. A Gasolina comum tem cor bem amarelada, com exceção da Gasolina aditivada que tem uma coloração diferente.
Mas, o problema causado pela “invasão” da gasolina “formulada” não somente na região, mas em todo o país não estaria apenas relacionado à queda artificial de preços.
Testes em laboratório revelaram que a gasolina “formulada” vendida nos postos apresenta diferenças em sua composição em relação à gasolina produzida pelo refino.
Os resultados apontaram que, além de menor massa, a gasolina formulada também se mostrou mais volátil.
Com isso, seu consumo é maior, lesando, indiretamente, o consumidor.
Para Alberto Borsetto Neto, diretor da Sincopetro – Sindicato do Comércio Varejista de Petróleo – da região de Araraquara, proprietário de um posto localizado em Ibitinga, “o consumidor é iludido ao pagar R$2,49 o litro da gasolina, porque se o produto é 15% menos rentável esse valor passa ao preço de R$ 2,86, devido aos 15% a menos que é aplicado sobre o seu consumo, além de afetar o rendimento do motor, e o custo da manutenção proporcionando prejuízos, onde na realidade o consumidor não é alertado sobre o tipo de gasolina e os danos que pode causar a vida útil do veículo. Muitos consumidores acreditam que a gasolina formulada é melhor que a comum, quando na realidade, é ao contrário, ela é muito pior. Ela é feita de resíduos de produtos químicos do próprio petróleo vendido pela Petrobrás, tornando-os menos produtiva que a gasolina comum que vem direto do refino do petróleo”. Segundo ele, alguns postos além de oferecer esse tipo de produto adicionam produtos como solventes ou álcool a mais do devido, tornando além de formulada adulterada.
Até o mês de setembro desse ano, a gasolina recebia uma porcentagem de 25% de álcool, mas devido à baixa produção chegou-se 20%, para garantir o consumo dos veículos movidos a álcool.
Resta saber até quando o consumidor vai pagar por um produto inferior e de baixa qualidade? Então vai a dica, preço da Gasolina muito barato desconfie e pergunte ao gerente de seu posto de preferência que tipo de produto está colocando em seu veículo, você deve e tem o direito de ser informado, para não cair no conto do vigário, lembrando que o barato sai caro!