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POR - RENATO BELLOTE
O que vem à nossa mente na hora de escolher um carro-esporte? Potência, estilo, preço, valor de revenda e desempenho são alguns dos fatores levados em consideração. Mas ainda faltou a diversão, claro, essencial para equilibrar a idéia de custo/benefício.
E entre todos os esportivos produzidos alguns se destacam – justamente – por apresentarem as características acima. Desse modo sofrem a natural desvalorização do mercado, mas nem de longe deixam de ser sonhos de consumo. Esse é o caso do BMW M3.
A primeira versão desse mito germânico chegou às lojas na década de 80 (e estou quase conseguindo uma para matéria). Logo uma legião de fãs passou a acompanhar sua trajetória e esperar, com ansiedade, pela sucessora natural.
A geração seguinte, E36, marcou presença a partir de 1992. O estilo da carroceria, um pouco mais sóbrio e suave, passa uma idéia peculiar de agressividade. Para perceber isso, basta mirar os quatro faróis intimidadores em rápidos fachos de luz e perceber as reações.
Nessa época a versão recebeu o motor de seis cilindros em linha, com 3,0 litros e estrondosos 286 cv (na versão alemã) e 240 cv (na versão norte-americana). As duas têm pequenas diferenças, que residem em acerto de suspensão e também no fato das européias serem mais nervosas.
É o caso desse exemplar amarelo, 100% germânico. Para um esportivo, a cor da carroceria é algo importantíssimo. É só reparar em uma Ferrari prateada, sem o mesmo brilho da vermelha. No caso da BMW, as cores que sempre achei mais estimulantes para a versão foram o vermelho, o azul e esta que aparece na matéria. Já vi várias brancas também.
Externamente se destacam as rodas de 17 polegadas. Aliás, esse carro utiliza o jogo da M3 cabriolet, além do aerofólio traseiro que faz sua função de forma discreta. Um detalhe que atesta o excepcional estado de conservação é o spoiler dianteiro, que não apresenta nenhum raspado. Os bancos esportivos convidam a conhecer um pouco mais seu espírito de briga.
Girando a chave o ronco metálico – sempre falo sobre ele – ecoa no ar. É algo que enche de alegria os entusiastas da marca. Na saída é necessário dosar o acelerador, já que não existem recursos eletrônicos. As trocas são diretas e acompanhadas de um leve solavanco (isso porque a embreagem exige um tempo de adaptação).
Os M3 dessa geração são encontrados por preços razoáveis no mercado. Porém, e isso deve ser salientado, a manutenção é essencial – e nada barata – para mantê-lo totalmente íntegro como o carro do vídeo. Deixando a criança bem cuidada e com alimentação de primeira (leia-se gasolina de alta octanagem) a diversão aos finais de semana está sempre garantida.