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Matéria: BMW 335i Sport

MensagemEnviado: 17 Dez 2012, 18:11
por Rodrigo C.
Sedã é o Série 3 mais divertido enquanto o novo M3 não vem
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O que temos aqui é um truque de fotografia produzido em estúdio. Um truque: se o BMW 335i de fato se chocasse contra uma barreira de água, provavelmente a carroceria cortaria o obstáculo com menor dramaticidade – não com a precisão cirúrgica de uma faca Aritsugu fatiando postas de atum, mas também não como a explosão desordenada captada pela lente do fotógrafo. A esta afiada vocação do Série 3 em penetrar nos obstáculos, os técnicos chamam aerodinâmica. A BMW usa outro termo para definir esta capacidade: eficiência dinâmica. Nós preferimos resumir da seguinte maneira: o BMW 335i é uma das coisas mais divertidas que você pode fazer sem tirar as calças.
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Púrpura e fluorescente
O conceito de eficiência dinâmica da BMW não se limita às linhas escorregadias do carro. Foi, pode-se dizer, a maneira menos aborrecida que a marca encontrou para atender à imposição de alguns governos aos fabricantes de poupar combustível e de não emporcalhar tanto o ambiente com os gases do motor. Melhor: sem perder a histórica essência BMW de esportividade. Com isso, acabou desagradando um pouco menos a turma que luta pela preservação do sapo púrpura, e continuou atendendo em grande medida a galera que gosta de acelerar quando pode. O 335i é uma boa maneira de tentar entender o conceito.

A começar pela... aerodinâmica. Como todo novo Série 3, o 335 está maior 9,3 cm no comprimento (5 cm na distância entre-eixos) e 3,7 cm na largura medida pelo para-choque dianteiro. Bom para a comodidade dos passageiros, mas não tão bom para a aerodinâmica. Portanto, é admirável que a engenharia alemã tenha mantido o mesmo coeficiente de 0,26 da geração anterior neste carro de sexta geração. Esteticamente, o resultado da modelagem em túnel de vento é, do mesmo modo, admirável – e para entender isso, basta ver as fotos.
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O motor turbinado segue a mesma configuração do 335i anterior: um seis cilindros em linha de 306 cv que começa a entregar torque praticamente em marcha lenta. Funciona suave, mas ronca metálico em alta.Sem muito em que mexer no motor, a BMW instalou o dispositivo start-stop, que desliga o motor quando se mantém o carro parado e, mais importante, agregou a caixa automática de 8 marchas, a mesma da versão 328i testada na C/D 56 e o tipo de câmbio que todo Mercedes-Benz e todo Audi gostariam de ter.

A transmissão funciona sob demanda, combinada com as configurações dinâmicas do carro. Para uma ida à feirinha orgânica com a filha eco-correta, selecione o modo Eco Pro, deixe a alavanca em drive e perceba que em poucos metros você estará a 40 km/h em oitava marcha. O ponteiro do conta-giros percorre curto espaço. A suspensão ajudará no ritmo relaxado e, no fim do dia, sua média de consumo terá sido de 9,1 km/l.
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Orgânico
Invoque os demônios e, ao entrar naquela estrada que só você conhece, mova a alavanca para a esquerda, no modo manual, desative o controle de estabilidade, selecione Sport+ e espere, feliz, pelas multas por excessos em seu endereço. Na configuração mais perversa, a eletrônica enrijece a suspensão, faz a direção ganhar peso e as marchas (que podem ser trocadas por meio de pás na coluna de direção) começam a entrar na mesma velocidade do seu pensamento. Consumo, nesta circunstância em particular, não vem ao caso. A BMW diz que a caixa automática deixa o carro 0,3 s mais rápido no 0 a 100 km/h (5,2 s) que o câmbio manual. Não temos por que duvidar.

Há mais dois modos dinâmicos que podem ser selecionados por meio da tecla no console: o Comfort, para o dia em que você deixar sua mulher dirigir o carro, e o Sport, que poderia ser eliminado da lista.

A direção, com auxílio eletromecânico (outro recurso para poupar energia do pacote de eficiência dinâmica), perdeu parte da precisão da época em que tinha assistência hidráulica. Mas continua sendo referência entre os carros da categoria.

O 335i só é trazido na versão de acabamento Sport Line. Quem nunca dirigiu um Série 3 vai ser acolhido com aconchego e com a excelência da boa ergonomia da escola alemã (sim, aquela que os franceses deveriam frequentar). Quem já conhecia o modelo da geração anterior vai perceber neste o ligeiro aumento do espaço interno. Apenas. E isso é muito bom.
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