Forum BMW Brasil

Boa reportagem... É de se esperar que diferentes combustíveis tenham durabilidade ligeiramente diferente, mesmo se tratando de motores ciclo "otto"; ciclo diesel tipicamente tem durabilidade muito maior. Ao comparar com o gasolina, motores a etanol estão ainda começando (apesar de termos eles a muito tempo, em escala mundial, o numero de motores a gasolina produzido com certeza é milhares de vezes maiores que motores a etanol), logo, não me parece nada absurdo que a durabilidade seja algo como 10-15% menor; ainda, me soa provável que essa diferença diminua ao longo do tempo, conforme a curva de aprendizado com o etanol aumente.

Dado que a durabilidade dos motores atuais é muito grande, tipicamente acima de 300 mil km, se o Flex durar 10-15% a menos, para mim ainda está ótimo, mas cada um pode olhar isso de maneira diferente.

RegisN

Desculpe a indiscrição, mas quanto pagou na 328Flex?

Estou tentando trocar a minha 320 Sport nesse modelo. Fizeram por R$ 193k a nova (Sport) e me pediram R$ 70k de volta em 10x sem juros.

Abraço.

muito Bom o artigoooo

Gustavo, eu concordo que o melhor dos mundos seria um monofuel, mas nossa gasolina é misturada com etanol, ou seja, apesar do seu carro ser mono, aqui no brasil você é obrigado a rodar com rabo de galo no tanque.

Acho uma sacanagem sem tamanho não termos uma gasolina premium sem adição de etanol. Até pouco tempo atrás, eu achava que a pódium não tinha etanol.

Eu não sou do fã-clube dos carros flex e nem defendo nenhum dos lados, mas pela minha lógica, me sinto mais seguro colocando gasolina com etanol no meu carro flex do que num carro que foi desenvolvido para queimar gasolina pura.

Não se esqueça que com Podium não rende mais do que rende na Europa pq a Podium também leva 25% de Etanol. 25% por enquanto, pq o Governo pretende passar para 27,5% para segurar o preço da Gasolina.
Eu já abasteci algumas vezes na Argentina com gasolina Super(que é inferior à nossa Podium) e a diferença já foi bem grande, pq lá a gasolina é pura. A performance fica bem superior à Podium. Já tive amigos que decantaram a Podium e colocaram-na 100% pura no tanque. A diferença foi absurda tanto no desempenho quanto na economia.

Voltando ao assunto. Esse negócio de desenvolver um motor para o Brasil para mim piora ainda mais a situação. Olha, sinceramente, se Etanol fosse tão bom assim, os países desenvolvidos já estavam utilizando há séculos e a BMW não precisaria desenvolver esses motores apenas para o Brasil, já seria produção em larga escala para todo o mundo.

O Brasil é o país da malandragem, onde nada é sério. Eu já fico cabreiro em abastecer com Podium em posto de confiança, Etanol então é totalmente inseguro.

Por acaso alguém aqui sabe como é o processo da nossa gasolina aditivada? Simples, chega um caminhão na distribuidora e abastece o tanque com gasolina comum, sobe um funcionário lá em cima do caminhão e despeja alguns litros de aditivo dentro do tanque. No caminho para os postos o combustível vai misturando com o aditivo, ou seja, é exatamente o mesmo processo que você faz ao colocar um aditivo no seu tanque. Se alguém achava que era obra de engenharia química/molecular, a coisa é mais primitiva que parece.

E outra, em termos de economia não adianta nada, pois na maioria das cidades do Brasil nunca será vantagem abastecer com Etanol. Tanto em Curitiba quanto no Rio que eu tenho veículo Flex, nunca foi vantagem abastecer com Etanol. Todas as vezes que eu fiz o teste, mesmo que estivesse naquela continha de 70%, nunca foi vantagem.

Se vai aumentar uns cavalos com Etanol, sinceramente, só faria diferença se eu fosse preparar o carro para rodar em Track Day toda semana, fora isso dificilmente será vantagem. Fora que para quem quiser comprar peças fora do Brasil em viagem, dificilmente vai encontrar para o modelo Flex.

Mais uma coisa, se Etanol preservasse tanto assim o motor, os donos dos modelos Flex não seriam os que mais reclamam no Fórum por causa da deterioração da quilometragem para a troca de óleo. Todo mundo que tem a 320 Flex alega que a quilometragem baixa absurdamente.